A compreensão ótica é a base para transformar a realidade em imagem. Cada lente não apenas altera o enquadramento, mas também influencia a percepção emocional do espectador. A ótica cinematográfica é, portanto, uma ferramenta expressiva que determina escala, proximidade e intensidade. Mais do que uma escolha técnica, a lente define a forma como o público se conecta com a cena.

A perspectiva é um dos principais elementos na construção da espacialidade. Ela estabelece a relação entre os objetos no quadro, a profundidade do ambiente e a sensação de imersão. O controle dessa dimensão não se dá apenas pela posição da câmera, mas pelo uso estratégico da ótica. O mundo que criamos nas nossas imagens começa nesse momento na decisão sobre o que destacar, o que comprimir, onde guiar o olhar e como influenciar a experiência do espectador.

Para dominar essa linguagem, é essencial compreender como os diferentes fatores óticos impactam a imagem. A amplitude das lentes define a abrangência do quadro e a percepção do espaço. A profundidade de campo direciona o foco narrativo, separando ou conectando elementos na composição.

Este curso propõe uma imersão nesses conceitos, permitindo que você não apenas compreenda a ótica, mas saiba utilizá-la de forma estratégica. A Direção de Fotografia precisa enxergar além da câmera, entendendo como a escolha de cada lente impacta a narrativa. Afinal, nosso trabalho não é apenas registrar imagens, mas contar histórias com profundidade e intenção.

Em casos de imprevistos você tem até 2 ANOS para refazer o curso sem custo adicional.

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Curso Presencial 

Data: 7 a 11 de julho de 2025 - Segunda-feira a Sexta-feira
Horário das Aulas: 19h às 22h30

Local: Rua Capitão Francisco Teixeira Nogueira, 233 - Bairro Água Branca - SP

PROGRAMA DO CURSO

A LINHA DO HORIZONTE E O DIRECIONAMENTO DO OLHAR.

01- O direcionamento do olhar do espectador. 02- A linha do horizonte como elemento de profundidade. 03- A ênfase e o destaque em pontos específicos. 04- A valorização do olhar sobre a personagem. 05- O público e a altura do olhar. 06- A intimidade do espectador com o tema.

PONTOS DE FUGA E A SENSAÇÃO DE PROFUNDIDADE.

01- Ponto de fuga único e a exclamação no tema. 02- O ritmo da imagem e o ponto de fuga. 03- A força do retrato no ponto de fuga único. 04- A falta de profundidade e os erros de perspectiva. 05- Perspectiva oblíqua (dois pontos de fuga) e a valorização da profundidade. 06- O posicionamento dos atores e a profundidade. 07- O apresentador e a conexão com o tema. 08- Entrevistas, repórteres e bancadas de telejornal. 09- A amplificação do espaço usando as diagonais. 10- Produtos e objetos: A construção da sensação de tridimensionalidade.

PONTO DE VISTA E A PERSPECTIVA.

01- O terceiro ponto de fuga. A profundidade aérea e a sensação de queda. 02- Plongê/ Contra plongê. 03- Zenital e nadir.

A PROFUNDIDADE E REDUNDÂNCIA DE ELEMENTOS

01- A repetição de elementos como ferramenta de profundidade. 02- A profundidade por meio da redundância em situações de luz plana. 03- A busca da perspectiva em locações com poucas camadas visuais. 04- O uso de primeiros planos como elemento de profundidade. 05- As sombras e a luz como elemento de redundância. 06- A amplitude nas noturnas.

LINHAS DE PERSPECTIVA - O DIRECIONAMENTO DO OLHAR

01- As linhas como elemento de profundidade. 02- As linha como perspectiva em situação de luz plana ou difusa. 03- Linhas de luz. 04- A condução do olhar do público. 05- A conexão entre espaços. 06- Linhas como elementos dramático e narrativo. 07- A correlação entre temas.

DIFERENTES CAMADAS DE DEFINIÇÃO

01- A busca da profundidade por meio da diferença de definição entre as camadas. 02- A profundidade da imagem através da fumaça, neblina ou poeira.

PERSPECTIVA ÓTICA

01- Perspectiva do olho e das lentes. 02- Relações de perspectiva entre os planos em diferentes distâncias. 03- A amplificação da perspectiva em relação às distâncias dos objetos. 04- A variação da distância e as diferentes escalas entre os objetos. AMPLITUDE ÓTICA

01- A amplitude ótica na horizontal do quadro. 02- A variação da amplitude em diferentes lentes. 03- A relação entre as lentes e a amplitude do quadro. 04- Diferentes sensores e a diferença entre amplitudes nas mesmas lentes.

LENTES E NARRATIVA

01- A posição do observador com relação ao tema. 02- A proxêmica, e a relação de distância do público com as personagens. 03- A distância da câmera para o tema: Narrativa e gênero. 04- A alteração na estrutura do rosto em diferentes distâncias da câmera. 05- Elementos fotogênicos. 06- As distorções óticas. Exaltação e ênfase na proximidade da câmera. 07- A variação ótica para contextualizar as personagens.

CARACTERÍSTICAS ÓTICAS DAS LENTES

01- A formação da imagem sem o uso de lentes. 02- O surgimento da ótica e o uso de uma única lente. 03- O conjunto ótico. CAMPO FOCAL E ESTRUTURA DA IMAGEM.

01- A visão e o foco. 02- O achatamento da imagem com o excesso de profundidade focal. 03- A profundidade de campo focal e a sensação de tridimensionalidade. 04- A profundidade focal e a imagem digital. 05- Os principais fatores de profundidade de campo focal

FOCO E NARRATIVA

01- Foco na condução do olhar do público. 02- Profundidade de campo focal na construção narrativa da cena. 03- A dinâmica da profundidade de campo ao decorrer do filme. 04- Foco como elemento atmosférico na imagem.